A Starlink, empresa de Elon Musk, também dono do X e da SpaceX, com 7,5% dos seus clientes em território nacional, é única a empresa que mantém relações comerciais expressivas no País e o Brasil tornou-se dependente da conexão via satélite da companhia em áreas críticas como postos de saúde e escolas em locais isolados, as Forças Armadas e o policiamento de fronteiras e de estradas.Parte desses contratos foi feita com dispensa de licitação pelo "serviço sem par" da SpaceX, mostram documentos no Portal Nacional de Contratações Públicas Portal Nacional de Contratações Públicas.
A operação brasileira da empresa negocia seus serviços por meio de sete representantes comerciais autorizados. A companhia está em atividade no Brasil desde janeiro de 2022.
O sócio-fundador da Starlink Brazil, Vitor Urner, outro especialista em abrir representações no país para estrangeiros, pediu para deixar a empresa após o embate judicial envolvendo o X.
Musk recomendou que os funcionários da SpaceX que atuam no Brasil deixem o país, segundo comunicado interno obtido pelo jornal americano The Wall Street Journal.
Os escritórios Demarest Advogados e Veirano Advogados defendem a empresa em ações no STF.
Embora a empresa tenha 224,5 mil clientes no Brasil, cerca de 0,5% do total do mercado de internet banda larga, segundo dados da Anatel, quase um terço deles está na região Norte, que tem um histórico de restrição de conexão. A companhia também tem forte presença no Centro-Oeste, com impulso de clientes no agronegócio."A Starlink tem antenas instaladas em 90% dos municípios da Amazônia e esse número só tende a crescer", diz o professor e pesquisador no Departamento de Estudos de Mídia da Universidade da Virgínia David Nemer.
A assinatura residencial da Starlink custa a partir de R$ 184 mensais mais impostos, fora o investimento inicial na compra de uma antena.
Hoje, a receita da SpaceX se divide entre contratos com o governo americano e os serviços da Starlink, segundo documentos obtidos pela agência Bloomberg -a expectativa é faturar US$ 15 bilhões (R$ 85 bilhões) em 2024.
A Starlink afirmou que tem 250 mil clientes no Brasil -segundo a empresa, seriam 3,3 milhões de assinantes do serviço em 99 países.
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