Defesa Civil do RS apesenta perspectiva climática para o primeiro semestre

 A Defesa Civil estadual apresentou a perspectiva climática no Rio Grande do Sul para os próximos meses. Com base nos dados disponíveis até o momento, a tendência é de que não ocorram eventos meteorológicos extremos no primeiro semestre deste ano, ao contrário do que aconteceu em 2024. Os prognósticos apontam para uma configuração de condições climáticas típicas – ou seja, dentro da normalidade climática – entre março e agosto de 2025.

O texto acima, como o texto a seguir, são da jornalista Juliana Dias, da Secom do RS.

A análise, apresentada pela meteorologista Cátia Valente, do Centro de Operações da Defesa Civil do Rio Grande do Sul, foi feita a partir de estudos de diversos institutos internacionais de meteorologia:

- Observando-se as condições do Oceano Pacífico, que é o regulador do clima global, percebe-se que há uma transição para um quadro de neutralidade. Desse modo, a perspectiva é de que se tenha, para o outono que se aproxima, uma condição climática bastante diferente do ano passado, quando estávamos sob a influência de um El Niño, com intensidade variando entre moderado e forte.

No outono, chegarão as frentes frias que trazem chuvas e, com o passar dos dias, as massas de ar polar, que carregam o ar mais frio. “Em cada localidade, há fatores específicos, que ganharão predominância nesse período. Poderão acontecer chuvas pontualmente fortes, temporais localizados, alternados por dias frios e ensolarados e, até mesmo, quentes. Ou seja, poderão ocorrer eventos meteorológicos que resultem em transtornos com algum grau de severidade, mas não de forma extrema e generalizada como em 2024”, acrescentou a meteorologista.

Em relação às altas temperaturas que vêm afetando o Estado, a especialista explicou que, ainda que ocorram períodos quentes, não há previsão, a curto prazo, de uma onda de calor tão forte como a atual. Além disso, embora as previsões, neste momento, não indiquem a possibilidade de eventos extremos, a Defesa Civil do Estado seguirá realizando um monitoramento constante, pois pode haver alterações, geradas, principalmente, pelo aquecimento do Oceano Atlântico, que é um importante regulador do clima e exerce grande influência sobre o Rio Grande do Sul.

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