Os jornais, sites e emissoras de TV da RBS registraram este enorme movimento de porto-alegrenses, ontem, em toda a área urbanizada do chamado trecho 3 da Orla do Guaíba, entregue sábado à população e que custou R$ 54 milhões.
A RBS, nos seus noticiosos, fala em "grande concentração de pessoas", mas desta vez preferiu esta forma mais benigna de informar, sem apelar para sua recorrente febre por termos como "aglomeração", nos quais estão embutidas as ideias de "violação da política de distanciamento social", portanto de transgressão das leis eduardianas. A RBS tem sido parceira carnal das leis e ações draconianas, autoritárias e atrasadas levadas a efeito pelo governador, como fechamento de empresas, lockdowns sucessivos, distanciamento social abusivo, restrições às atividades humanas e econômicas, combate ao tratamento precoce, uso de máscaras e exigência de passaporte sanitário.
Como se trata de um Parque Temático (ali está a maior pista de skate da América Latina), a RBS também dispensou críticas pela falta de fiscalização no uso de passaporte vacinal ou de máscaras.
O Trecho 3 é o primeiro grande movimento de massas de desobediência civil do RS.
O editor espera que não seja o primeiro e não trate apenas do direito de ir e vir, ampliando-se para o direito à liberrdade de expressão, garroteada de forma vil pela democracia fraturada em vigor.
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