Programa BRDE PCS é apresentado como modelo em
sustentabilidade no setor financeiro durante a Assembleia Geral da ONU, em
Nova York
O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul
(BRDE), representado por seu diretor de Planejamento e Financeiro, Luiz Corrêa
Noronha, participou, nesta quarta-feira (26/09), do evento “SDGs in Brazil –
The role of the private sector” (ODS no Brasil – o papel do setor privado), em
Nova York. Noronha relatou a experiência do Programa BRDE PCS – Produção e
Consumo Sustentáveis, selecionado como caso exemplar de sustentabilidade no setor
financeiro brasileiro pela Rede Brasil do Pacto Global da ONU, em parceria com
o Observatório Mundial e a PwC, organizadores do encontro.
“A escolha do BRDE é um reconhecimento dos resultados
alcançados pelo Programa BRDE PCS desde 2015. Mais do que demonstrar total
alinhamento e engajamento do Banco com os ODS, o BRDE hoje tem os Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável no centro de suas operações, como parte integrante
do próprio negócio”, afirma o diretor Noronha. Ele destaca também a
credibilidade da seleção, realizada com participação da PwC na análise dos
cases e informa que será lançada uma publicação reunindo todas as experiências
brasileiras tidas como referências para o setor privado.
O encontro do Pacto Global ocorre dois dias após a
Conferência dos Líderes do Pacto Global da ONU, em paralelo à 73ª Sessão da
Assembleia Geral da ONU.
BRDE - FINANCIAMENTOS COM VIÉS SUSTENTÁVEL
O Programa BRDE Produção e Consumo Sustentáveis foi
idealizado para disponibilizar linhas de crédito e canalizar recursos que
atendam à demanda por financiamento para investimentos sustentáveis, privados
ou públicos, nos três estados do sul do Brasil. Ele responde à necessidade,
expressa pela sociedade e em acordos internacionais, de promover a transição
para uma economia de baixo carbono. Tem como público-alvo empreendedores de
todos os portes, inclusive micro, pequenas e médias empresas, e produtores
rurais.
A prática se resume em três etapas. Na primeira, foi
definida a Política de Responsabilidade Socioambiental, que reflete a
preocupação do BRDE com a sustentabilidade a partir da ação em três eixos: a)
impacto das atividades; b) impacto das operações; e c) Programa de
Financiamento. O impacto das atividades foi enfrentado com a adesão à Agenda
Ambiental da Administração Pública (A3P), programa do Ministério do Meio
Ambiente, e criou-se um novo sistema de gerenciamento de riscos ambientais e
sociais para monitorar o efeito das operações. A constituição do Programa BRDE
Produção e Consumo Sustentáveis, segunda etapa dessa prática, integra uma
concepção mais ampla, que busca modificar os procedimentos bancários. A
iniciativa alia as perspectivas de inovações nos produtos financeiros e
captação de recursos em fundings orientados para a sustentabilidade,
principalmente de fontes internacionais.
Resultado
A terceira etapa, de monitoramento do programa, já
demonstrou, em três anos, aplicação de recursos de R$ 1 bilhão colocados no
mercado com taxas menores e prazos maiores do que a média dos financiamentos do
BRDE. Permitiu captação de recursos junto à Agência Francesa de Desenvolvimento
(€ 50 milhões) e a realização de projetos especiais, incluindo: proteção do
Bioma Pampa; programa de Eficiência Energética Assegurada, em parceria com o
BID; iniciativa para redução de perdas e desperdícios de alimentos; e outras
ações institucionais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário