Pensar
a Amazônia, em termos internacionais, como se fosse uma mera discussão neutra,
desprovida de caráter político, ou melhor, geopolítico, é uma grande
ingenuidade. Alguns escondem seus reais propósitos em uma retórica
aparentemente moral e universal, tendo como fundamento questões ambientais,
indígenas ou quilombolas, outros são mais diretos, procurando retirar do Brasil
a soberania de uma fatia de seu território. Uns e outros partem de uma mesma
ideia de “universalidade”, devendo nosso país se curvar a uma “humanidade”
dirigida e controlada por eles.
O documento preparatório da Igreja Católica
para o Sínodo da Amazônia procura capturar os incautos por intermédio de uma
argumentação supostamente moral e humanitária, quando, na verdade, possui uma
orientação política claramente estabelecida. Tal orientação está baseada na
Teologia da Libertação, com referências explícitas a seus encontros fundadores
em Puebla e Medellín. A argumentação bíblica é utilizada para estabelecer uma
linha de continuidade entre a Torá, com nome hebraico no texto, e esta teologia
que possui um eixo ideológico, baseado no marxismo. Só faltou dizer que a
Teologia da Libertação é a herdeira direta do Antigo Testamento, o que
equivaleria a dizer que o marxismo seria a sua melhor expressão.
Convém
não esquecer que tal orientação da CNBB está sendo fortalecida no atual Papado,
quando tinha sido liminarmente descartada pelo anterior Pontífice, Bento XVI,
já desde a época em que era conhecido como Cardeal Ratzinger. Esse, em 1984, escreveu
um livro crítico e mordaz contra a Teologia da Libertação, considerando-a uma
perversão do pensamento católico. Em seu livro, a Vida de Jesus, retomou a mesma posição, tendo-a como uma forma do “Anticristo”.
Cristianismo e marxismo seriam incompatíveis.
Ocorre
que setores da Igreja Católica brasileira, congregados na CNBB, procuram vender
a imagem da neutralidade política, como se estivessem apenas preocupados com
questões, digamos, religiosas ou universais nesta acepção restrita, quando, na
verdade, estão profundamente engajados na política. Assumem claramente posições
de esquerda! Talvez por ter a esquerda perdido espaço nesta última eleição,
estejam tentando ocultar as ideias que os norteiam!
Curioso
que este ocultamento se faça, muitas vezes, sob o manto de uma diferenciação em
relação aos evangélicos, como se esses fizessem política, enquanto os católicos
não. Trata-se de um mero disfarce, apresentado sob a forma da oposição, a
“esquerda católica” não fazendo política, o que seria o caso da “direita
evangélica”. Trata-se de uma forma retórica de velamento de seus reais
propósitos.
A
Igreja Católica, através da Comissão Pastoral da Terra (CPT), criou o MST na
década de 80 do século passado e o acompanha deste então. Suas posições são
expressamente anticapitalistas e revolucionárias, apregoando a violência das
invasões de terras, rurais e urbanas, em flagrante desrespeito à lei. Quando
não os favorece, a lei seria somente uma ferramenta dos “latifundiários” e
“conservadores”. Desprezam a democracia e o estado de direito.
A
Igreja Católica também colaborou decisivamente na fundação do PT, constituindo
um dos seus eixos. Aí, a Teologia da Libertação encontrou um terreno
particularmente fértil para o seu florescimento. Foi companheira incansável dos
governos petistas, o que significa dizer que complacente com o descalabro
econômico e social por eles produzidos, sem dizer da captura do Estado pela
corrupção desenfreada.
Uma
outra comissão sua, o CIMI (Conselho Indigenista Missionário), almeja tornar os
indígenas um instrumento seu e das ONGS a ela associadas, apresentando a visão
de que suas áreas demarcadas seriam, praticamente, recortadas do território
nacional. Ou seja, o Brasil não seria uma nação de indivíduos das mais
diferentes crenças e etnias, mas sofreria uma subdivisão interna, formada por
nações indígenas, que teriam completa autonomia sobre os seus territórios. A
leitura de seus documentos mostra um linguajar marxista, voltado para a
transformação revolucionária do país.
Apenas um dado: o Brasil, segundo
o IBGE, possui em torno de 1 milhão de indígenas, dos quais aproximadamente
500.000 em zonas rurais. Ocupam em área demarcada 12,5 % do território
nacional. Se fossemos seguir o CIMI e ONGS afilhadas o pais deveria ceder 24%
de seu território para meio milhão de pessoas, para “nações”. O passo seguinte
seria a sua representação na ONU!
O
documento do Sínodo está repleto de menções às ameaças do desmatamento, como se
o país fosse o grande destruidor do Planeta.
Ora, segundo dados da Embrapa Satélite, pesquisados por um dos seus mais
influentes estudiosos, Evaristo de Miranda, o Brasil é um dos países mais
preservacionistas, ostentando o invulgar índice de conservação de mais de 60%
de vegetação nativa, com contribuição decisiva dos empreendedores rurais. Dados
esses, aliás, confirmados pela NASA.
Nesse
texto, discorre-se sobre a “Pan-Amazonia” que recortaria todos os países da
floresta amazônica, que deveriam ser objeto de tratamento específico, segundo
as ideias da “Igreja universal”: a Igreja Católica sob a orientação da Teologia
da Libertação, com o seu séquito de ongueiros mundiais. A Igreja estaria,
assim, se imiscuindo nos assuntos internos destes países, como se esses
devessem se curvar a este ditames tidos, então, por “universais”.
O
general Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Nacional, está coberto de
razão ao externar a sua preocupação com os rumos deste Sínodo político e
esquerdizante. Pensam os militares nos destinos do país e na integridade do seu
território. O que está em questão é a soberania nacional. Se não for defendida,
tornar-se-á refém desta esquerda religiosa, ambientalista e indigenista,
supostamente “humanitária”. O sentido mesmo da nação brasileira estaria
perdido.
Perfeito...sem tirar nem por...é esquerdismo puro o que não compatível com a Igreja católica...para mim são padrecos sem vergonhas financiados pelos globalistas no afã de mais uma vez promover sua doutrinação nos Países da America...patifaria da grossa...querem a quebra da nossa soberania para se apoderarem de nossas riquezas...como se não bastassem o que nela já exploram...
ResponderExcluirAbraços
Vamos exumar o Marquês de Pombal para ele correr com bisparada daqui!
ResponderExcluirVamos exumar o Marquês de Pombal para ele correr com bisparada daqui!
ResponderExcluirPolíbio, parabéns por divulgar este excelente artigo do Prof Denis
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